O QUE É A MAÇONARIA
Descubra uma instituição que desperta interesse em filosofia, moral e ética, e busca o aperfeiçoamento pessoal - a Maçonaria. Se você valoriza a igualdade de direitos e fraternidade entre todos os homens, independentemente de sua religião ou nacionalidade, essa organização pode ter um grande significado para você. Saiba mais sobre a Maçonaria abaixo.
A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista.
É filosófica porque em seus atos e cerimônias ela trata da essência, propriedades e efeitos das causas naturais. Investiga as leis da natureza e relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura.
É filantrópica porque não está constituída para obter lucro pessoal de nenhuma classe, senão, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos se destinam ao bem-estar do gênero humano, sem distinção de nacionalidade, sexo, religião ou raça. Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação espiritual e pela tranqüilidade da consciência.
É progressista porque partindo do princípio da imortalidade e da crença em um princípio criador regular e infinito, não se aferra a dogmas, prevenções ou superstições. E não põe nenhum obstáculo ao esforço dos seres humanos na busca da verdade, nem reconhece outro limite nessa busca senão o da razão com base na ciência.
A liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos, sejam eles instituições, raças, nações; a igualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a religião, a raça ou nacionalidade; a fraternidade de todos os homens, já que somos todos filhos do mesmo CRIADOR e, portanto, humanos e como conseqüência, a fraternidade entre todas as nações.
Ciência – Justiça – Trabalho:
Ciência, para esclarecer os espíritos e elevá-los;
Justiça, para equilibrar e enaltecer as relações humanas;
Trabalho por meio do qual os homens se dignificam e se tornam independentes economicamente. Em uma palavra, a Maçonaria trabalha para o melhoramento intelectual, moral e social da humanidade.
Seu objetivo é a investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes.
Moral é para a Maçonaria uma ciência com base no entendimento humano. É a lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração científica da consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo da nossa alma sentimos o triunfo da verdade e da justiça.
A Maçonaria entende que virtude é a força de fazer o bem em seu mais amplo sentido; é o cumprimento de nossos deveres para com a sociedade e para com a nossa família sem interesse pessoal. Em resumo: a virtude não retrocede nem ante o sacrifício e nem mesmo ante a morte, quando se trata do cumprimento do dever.
A Maçonaria entende por dever o respeito e os direitos dos indivíduos e da sociedade. Porém não basta respeitar a propriedade apenas, mas, também, devemos proteger e servir aos nossos semelhantes. A Maçonaria resume o dever do homem assim: “Respeito a Deus, amor ao próximo e dedicação à família”. Em verdade, essa é a maior síntese da fraternidade universal.
Sim, é religiosa, porque reconhece a existência de um único princípio criador, regulador, absoluto, supremo e infinito ao qual se dá, o nome de GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, porque é uma entidade espiritualista em contra posição ao predomínio do materialismo. Estes fatores que são essenciais e indispensáveis para a interpretação verdadeiramente religiosa e lógica do UNIVERSO, formam a base de sustentação e as grandes diretrizes de toda ideologia e atividade maçônicas.
Não. A Maçonaria não é uma religião. É uma sociedade que tem por objetivo unir os homens entre si. União recíproca, no sentido mais amplo e elevado do termo. E nesse seu esforço de união dos homens, admite em seu seio pessoas de todos os credos religiosos sem nenhuma distinção.
Não, porque a Maçonaria abriga em seu seio homens de qualquer religião, desde que acreditem em um só Criador, o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, que é Deus. Geralmente existe essa crença entre os católicos, mas ilustres prelados tem pertencido à Ordem Maçônica; entre outros, o Cura Hidalgo, Paladino da Liberdade Mexicana; o Padre Calvo, fundador da Maçonaria na América Central; o Arcebispo da Venezuela, Don Ramon Ignácio Mendez; Padre Diogo Antonio Feijó; Cônegos Luiz Vieira, José da Silva de Oliveira Rolin, da Inconfidência Mineira, Frei Miguelino, Frei Caneca e muitos outros.
Filósofos como Voltaire, Goethe e Lessing; Músicos como Beethoven, Haydn e Mozart; Militares como Frederico o Grande, Napoleão e Garibaldi; Poetas como Byron, Lamartine e Hugo; Escritores como Castellar, Mazzini e Espling.
Não. Também na América existiram. Os libertadores da América foram todos maçons. Washington nos Estados Unidos; Miranda, o Padre da Liberdade sul-americana; San Martin e O’Higgins, na Argentina; Bolivar, no Norte da América do Sul; Marti, em Cuba; Benito Juarez, no México e o Imperador Dom Pedro I no Brasil.
D. Pedro I, José Bonifácio, Gonçalves Lêdo, Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Morais, Campos Salles, Rodrigues Alves, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Braz, Washington Luiz, Rui Barbosa e muitos outros.
A Maçonaria é eminentemente tolerante e exige dos seus. membros a mais ampla tolerância. Respeita as. Opiniões políticas e crenças religiosas de todos os homens, reconhecendo que todas as religiões e ideais políticos são igualmente respeitáveis e rechaça toda pretensão de outorgar situações de privilégio a qualquer uma delas em particular.
A ignorância, a superstição, o fanatismo. O orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a dominação e os privilégios.
Não, pela simples razão de que sua existência é amplamente conhecida. As autoridades de vários países lhe concedem personalidade jurídica. Seus fins são amplamente difundidos em dicionários, enciclopédias, livros de história etc. O único segredo que existe e não se conhece senão por meio do ingresso na instituição, são os meios para se reconhecer os maçons entre si, em qualquer parte do mundo e o modo de interpretar seus símbolos e os ensinamentos neles contidos.
A Independência, a Abolição e a República. Isto para citar somente os três maiores feitos da nossa história, em que os maçons tomaram parte ativa.
Crer na existência de um princípio Criador; ser homem livre e de bons costumes; ser consciente de seus deveres para com a Pátria, seus semelhantes e consigo mesmo; ter uma profissão ou oficio lícito e honrado que lhe permita prover suas necessidades pessoais e de sua família e a sustentação das obras da Instituição.
Em princípio, tudo aquilo que se exige ao ingresso em qualquer outra instituição: respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que as regem; amor à Pátria; respeito aos governos legalmente constituídos; acatamento às leis do país em que viva, etc. E em particular: a guarda do sigilo dos rituais maçônicos; conduta correta e digna dentro e fora da Maçonaria; a dedicação de parte do seu tempo para assistir às reuniões maçônicas; a prática da moral, da igualdade e da solidariedade humana e da justiça em toda a sua plenitude. Ademais, se proíbe terminantemente dentro da instituição, as discussões políticas e religiosas, porque prefere uma ampla base de entendimento entre os homens afim de evitar que sejam divididos por pequenas questões da vida civil.
É um lugar onde se reúnem os maçons periodicamente para praticar as cerimônias ritualísticas que lhes são permitidas, em um ambiente fraternal e propício para concentrar sua atenção e esforços para melhorar seu caráter, sua vida espiritual e desenvolver seu sentimento de responsabilidade, fazendo-lhes meditar tranquilamente sobre a missão do homem na vida, recordando-lhes constantemente os valores eternos cujo cultivo lhes possibilitará acercar-se da verdade.
A possibilidade de aperfeiçoar-se, de instruir-se, de disciplinar-se, de conviver com pessoas que, por suas palavras, por suas obras, podem constituir-se em exemplos; encontrar afetos fraternais em qualquer lugar em que se esteja dentro ou fora do país. Finalmente, a enorme satisfação de haver contribuído, mesmo em pequena parcela, para a obra moral e grandiosa levada a efeito pelos homens. A Maçonaria não considera possível o progresso senão na base de respeito à personalidade, à justiça social e a mais estreita solidariedade entre os homens. Ostenta o seu lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” com a abstenção das bandeiras políticas e religiosas. O segredo maçônico, que de má fé e caluniosamente tem se servido os seus inimigos para fazê-la suspeita entre os espíritos cândidos ou em decadência, não é um dogma senão um procedimento, uma garantia, uma defesa necessária e legítima, porém como inevitavelmente tem sucedido com todo direito e seu dever correlativo, o preceito das reservas maçônicas já tem experimentado sua evolução nos tempos e segundo os países. A Maçonaria não tem preconceito de poderes, e nem admite em seu seio, pessoas que não tenham um mínimo de cultura que lhes permitam praticar os seus sentimentos e tenham uma profissão ou renda com que possam atender às necessidades dos seus familiares, fazer face às despesas da sociedade e socorros aos necessitados.
A MAÇONARIA NO BRASIL
A Maçonaria tem disseminado os ideais revolucionários nas Américas nos séculos XVII e XVIII, juntamente com o GOB, uma das potências maçônicas mais importantes do mundo.
Panorama Inicial
A Maçonaria teve um papel fundamental nos séculos XVII e XVIII ao espalhar o ideal revolucionário e republicano pela América do Norte e Latina. Centros geográficos como Olinda, Recife, Salvador, Tijuco, Vila Rica e outros reuniam grande riqueza e número de imigrantes, tornando-se locais com muito luxo e movimento. A ideia de Fraternidade era expansionista e logo as ideias de Liberdade, Igualdade e Fraternidade varreram toda a América, permeando todas as colônias em 1760. Em Portugal, a primeira loja regular data de 1727, e em Montpellier, na França, no século XVIII, havia mais de dez lojas maçônicas fermentando ideias republicanas entre estudantes de todo o mundo.
Os primórdios da Formação do Brasil
Kurt Prober, autor conhecido por sua sólida documentação, citou em seu livro “Cadastro Geral das Lojas Maçônicas” a primeira atividade maçônica brasileira registrada em 1724, na “Academia Brasílica dos Esquecidos”. Entre os iniciados estavam figuras como o padre Gonçalves Soares de França, o coronel Sebastião da Rocha Pitta (conhecido historiador) e o desembargador Caetano de Britto. Infelizmente, todas as atas dessa sociedade secreta foram queimadas posteriormente.
Em 1981, Alcebíades Lappa, em uma tese internacional, usando um Livro de Atas do Duque de Norfolk em Londres, provou que o Ir.: Randolph Took foi designado, já em 1735, como Grão-Mestre Provincial para a América do Sul, o que incluía o Brasil.
Além disso, há registros de uma carta do médico inglês Robert Young, da Loja de São João de Buenos Aires, enviada à Loja de São João do Brasil em 1741, recomendando o Ir.: Richard Lindsey que se encontrava no país.
Em Salvador, em 1750, havia vestígios de um grande Oriente Maçônico vinculado ao grande Oriente da França, com tendências liberais e republicanas. Já no Rio, em 1752, foi criada a Associação Literária dos Seletos. Esses fatos históricos nos mostram a presença forte da Maçonaria na formação do Brasil desde os seus primórdios.
GOB
O Grande Oriente do Brasil – GOB, criado em 17 de junho de 1822, é a única potência maçônica brasileira reconhecida desde a sua fundação pela Loja-Mãe da Inglaterra. Ele é considerado uma das quatro ou cinco maiores potências maçônicas do mundo e tem uma história destacada no país, tanto no período monárquico quanto no republicano.
O século 18 foi marcado pelo Iluminismo, período de grandes ideias e mudanças na Europa. No século 19, as ideologias tomaram conta do mundo, com diferentes correntes de pensamento moldando os rumos da sociedade. Já o século 20 foi dominado pela emergência e domínio das tecnociências, transformando profundamente nossa forma de vida e trabalho.
O GOB acompanhou todas essas transformações e se manteve forte e presente ao longo dos anos, contribuindo para a construção da identidade cultural e histórica do Brasil.
Desenvolvimento e Inovações de destaque
No século XX, três vertentes científicas mudaram a face da humanidade de forma revolucionária e radical. A manipulação do átomo, com a energia atômica, teve efeitos que vão desde a dizimação de cidades inteiras até sua aplicação na agricultura, medicina e química. A energia atômica e a física nuclear, inclusive, têm desempenhado um papel importante na questão da hegemonia entre as nações.
A manipulação do gene, por meio da biologia molecular e biotecnologia, tem produzido inúmeros benefícios na agricultura, aumentando substancialmente a produção e produtividade. Estima-se que em breve, a técnica de criogenia estará totalmente dominada e disseminada, trazendo mais avanços para essa área.
Por fim, a tecnologia de redes de computadores minimizou a tirania do tempo e distância sobre o gênero humano, dando agilidade às tarefas de memorização e encurtando distâncias. O homem, ao agir sobre a natureza, muda-a, e a natureza mudada muda o homem.
As mudanças no mundo atual são temáticas e implicam ruptura com a ordem estabelecida, mas até o início do século XX eram administráveis. Hoje, vivemos uma era marcada pela entropia e difusão caótica dos costumes e conhecimentos, apontando para o momento da virada total em que surgirá a ORDEM nascida do caos. A cultura, antes transmitida oralmente ou por meio do copista, hoje é veiculada pela multimídia, canalizando dados, voz, vídeo e videoconferência pela rede.